sábado, 23 de agosto de 2008

Mais sobre o ENADE - a lista

Por sugestão da Ana Cláudia, posto a lista de livros sugeridos para o ENADE:

I - Poesia:
a) Castro Alves;
b) Manuel Bandeira;
c) Carlos Drummond de Andrade;
d) João Cabral de Mello Neto;
e) Mário de Andrade;
f) Cecília Meireles;
g) Jorge de Lima;
h) Ana Cristina César;
i) Camões (lírico);
j) Fernando Pessoa;
k) Baudelaire (As flores do mal).
I - Prosa:
a) José de Alencar - Senhora;
b) Aluísio de Azevedo - O cortiço;
c) Machado de Assis - Quincas Borba;
d) Guimarães Rosa - Primeiras Estórias;
e) Graciliano Ramos - Vidas secas;
f) Clarice Lispector - Hora da Estrela;
g) Jorge Amado - Capitães da Areia;
h) Lygia Fagundes Telles - As horas nuas;
i) Eça de Queiroz - O Primo Basílio;
j) José Saramago - Memorial do Convento;
k) Gabriel García Márquez - O amor nos tempos do cólera;
l) Júlio Cortázar - Contos completos;
m) Gustave Flaubert - Madame Bovary;
n) Miguel de Cervantes - Dom Quixote;
o) Émile Zola - Germinal;
p) Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) -
Mayombe;
III - Teatro
a) Ariano Suassuna - O santo e a porca;
b) Dias Gomes - O pagador de promessas;
c) William Shakespeare - Romeu e Julieta.

O que vocês acharam?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Títulos do ENADE - poesia, prosa, teatro


Recebi a lista de livros para o ENADE. Surpresas boas: Literatura africana representada pelo angolano Pepetela no belíssimo "Mayombe"; Gabriel Garcia-Marquez com o belíssimo "O amor nos tempos do cólera"; uma das melhores obras de Saramago - "Memorial do Convento" e a poesia de Mário de Andrade. Mas achei duas grandes faltas: contemporâneos brasileiros??? (fora as duas ótimas escolhas de dramaturgia); e Mia Couto!
O título de Pepetela é maravilhoso mas está esgotado no Brasil - ainda - e deveria estar acompanhado por alguma obra do Mia Couto, reconhecidamente hoje o autor africano mais lido no Brasil.
Mas a lista é grande... e grandiosa - vamos conversar sobre ela?
(A escolha da imagem é "homenagem" à falta de escritores brasileiros contemporâneos).

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O beijo...



Histórias de pesquisadora I – O Beijo...
2002.Estava eu no meio de uma pesquisa – vida e obra de uma encoberta escritora e historiadora francesa que viveu e atuou (como atuou!) na Resistência Francesa (aquele movimento de repúdio a Hitler e todos os seus desmandos). O nome da corajosa: Edith Thomas. Depois de muita luta, ela se desentendeu com o pessoal do Partido Comunista – ao qual pertencia – e saiu batendo a porta e pisando duro. Escreveu romances, diários, contos, cuidou do Arquivo Nacional de História da França, e morreu completamente esquecida – mesmo na França. A descoberta de Edith Thomas chegou assim: minha grande amiga Cecília achou um livrinho pequenininho dela, de contos, por preço mínimo numa feira de livros. Traduziu. Mostrou-me a tradução e eu comecei a estudar e buscar informações sobre Edith Thomas. Pouca coisa, quase nada. Num belo dia descubro que a Biblioteca da Aliança Francesa da rua General Jardim, centro de São Paulo, poderia ter alguma coisa. Tomei nota das referências que consegui pela internet e lá fui. Abro a porta da biblioteca, chego ao balcão e vejo: a bibliotecária e atrás da bibliotecária “O beijo”. Sem conseguir falar, olhos grudados na foto, senti as lágrimas caindo, caindo, caindo. Contraste entre aquele arrebatamento na parede e todo o resto; contraste daquele arrebatamento vivo e da frase pronunciada por uma das personagens de Edith Thomas: “A felicidade seria para os outros, para o futuro talvez, não para ela, não para agora”;contraste de tudo daquele arrebatamento e da vida comezinha e deserta. E aquele momento de felicidade fixado na parede era de algum instante do passado mas, ao mesmo tempo, era intemporal.A fotografia atravessava as décadas e me atingia em cheio, numa tarde de chuva e frio, no balcão da bela biblioteca da Aliança Francesa,numa rua escura de São Paulo, há milhares de quilômetros e a dezenas de anos da Paris fotografada por Robert Doisneau. Agora, anos depois, mesmo ao descobrir que "O beijo" foi encenado, não esmaece a beleza e o impacto vividos naquele dia.Do futuro, falo com aquela moça do conto de Thomas e segredo, sabendo que ela nunca me ouvirá: "Ainda não para agora, ainda não para mim, infelizmente ainda não". Seco as lágrimas com o lenço de papel, encaro a bibliotecária com seriedade e volto à boa e velha armadura, que tanto me protege: "Por gentileza, estou a fazer uma pesquisa sobre Edith Thomas e encontrei em seu catálogo eletrônico..."

(Informações interessantes sobre esta imagem no blog do português José Carlos Abrantes, em http://educaimagem.blogspot.com/2005/04/o-beijo-robert-doisneau_26.html)

Roda de Leitura Amanhã!



Amanhã, quarta-feira, temos Roda de Leitura sobre a obra de Marina Colasanti. Oito da noite na Sala de Leitura do segundo andar.Para dar um gosto do que vai rolar amanhã, segue um mini-conto publicado em "Contos de amor rasgados":



Conto em letras garrafais

Todos os dias esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem, e a entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta.
Mas tornou-se alcoólatra.

sábado, 9 de agosto de 2008

Encontro com a Literatura de Marina Colasanti



Não resisti a postar esta fotografia - que foi enviada pela Angela Fialho - e mostra seus amigos junto com a gente no Encontro com a Marina Colasanti. Postei a mesma fotografia no Blog Literário do SESC.
Foi uma noite muito especial para muitos dos que estiveram lá. Falamos sobre a obra da Marina e Marina falou sobre Marina, contos de fadas, situação da mulher, príncipes encantados, princesas desencantadas, moças tecelãs.
A Angela Coelho interpretou os textos de Marina - poemas, crônica, conto de fadas - de maneira intimista e realmente na medida certa para dar água na boca e vontade de ler, ler, ler.
Muito obrigada a todos os que estiveram conosco, eu ainda estou nas nuvens!